Antigos Combatentes a desfilar
Foto: Dina Vinhal
Cartão para os antigos combatentes
O governo aprovou, ontem, (11 de abril de 2019), o “Estatuto de Antigo Combatente”.
O termo é enternecedor e digno de figurar nos feitos benevolentes do governo de Portugal, algo que nem todos os países fazem. Para o cidadão comum a aprovação de um estatuto desta natureza vem trazer benefícios para os que foram obrigados a marchar para a guerra da morte e da sobrevivência.
Li nos jornais que “este reconhecimento do Estado dá direito a um cartão especial para os militares que combateram na defesa de Portugal”. Meças de elogios e de gratidão. Um cartão para quê? Com que benefícios? Apoio aos ex-combatentes em que áreas? Não é explicitamente referido, como, onde, em que circunstancias? Nem como obter o dito cartão.
No meio da verdade-duvidosa, talvez para não embandeirar em arco um cartão que pouca representará, diz-se que este estatuto visa apoiar “ os antigos combatentes que se encontram em situação de sem-abrigo, a precisar de apoio económico e social”. Estamos esclarecidos.
Muito obrigado senhor governo. Meia volta volver. Algo muito parecido fez o ex-ministro da defesa do governo PSD-CDS/PP, Paulo Portas, quando do alto da sua cátedra anunciou a atribuição de uns míseros abonos financeiros aos ex-combatentes. O povo gostou do anúncio, os cêntimos anuais nem dá para matar a fome.
Certo é o “Dia do Combatente” passar a ser assinalado a 11 de novembro, momento para chorosas e empolgantes alocuções.
João Godim
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