Espectáculo de fogo-de-artifício da Madeira
Com a devida vénia a Fugas.Viagens
Mensagem do nosso camarada de armas João Gouveia (ex-1.º Cabo da 2.ª Secção do 3.º Pelotão da nossa CART 2732) com data de hoje, 21 de Dezembro de 2018:
Abordar o Natal num cenário de guerra é um tanto pictórico do nosso imaginário. Natal há sempre como sempre há o nascimento de Jesus e a ressurreição de Cristo, está na raiz da nossa cultura, com mais de dois mil anos. Mas o Natal na guerra é como um ausente-presente.
Em Mansabá não me recordo de ter visto alusões ao Natal, salvo um pequeno símbolo alusivo à quadra feito pelo Samuel (já falecido) no bunker, “ abrigo da bola”. Sem imagens de “santos”, sem velas nem orações.
O Natal na Guiné (dois natais, 1970 e 1971) fazia aumentar a tensão da guerra. Ou seja, havia a sensação que o inimigo muçulmano atacasse na época festiva dos cristãos, que eram as tropas portuguesas, crentes ou agnósticas. De um lado católicos, do outro lado muçulmanos. Até que ponto a religião influenciava a guerra na Guiné, não sabemos, mas sabemos que não dava tréguas, pelo contrário.
Foi há quase meio século! O que lá se passou… só quem lá esteve sabe e guarda na sua inapagável memória. A distância num tempo que nos faz viver um passado-presente.
Um Santo Natal para todos, extensivo aos familiares, e que a saúde e a felicidade os acompanhem em todos os momentos.
Abraço, de Lisboa para todos os colegas (não simpatizo com o vocábulo camarada) da CART 2732.
Aos que tiverem oportunidade, não deixem de saborear o bolo de mel, os licores caseiros e a inimitável poncha com aguardente de cana sacarina.
O fogo-de-artifício (o melhor do mundo na passagem de ano, segundo o Guinness) pode ser visto no canal 188 da Nós ou Meo, à meia-noite do dia 31 de Dezembro.
Boas Festas, Feliz Ano Novo.
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