Esta localidade que fazia parte da região do Oio, a poucos quilómetros do Morés, era muito importante estrategicamente porque além de estar situada no eixo rodoviário Bissau/Mansoa/Farim, dela partia uma picada para Bissorã (a oeste) e outra para Bafatá (a leste), ambas não utilizadas regularmente. Que me lembre só uma vez a CART fez o percurso Mansabá/Bafatá, e volta, em coluna auto, e na picada para Bissorã só se transitava a pé.
Mapa com a área da Zona de Acção da CART 2732
Com a devida vénia a Luís Graça & Camaradas da Guiné
Com a devida vénia a Luís Graça & Camaradas da Guiné
O itinerário Mansoa/Farim estava alcatroado só até ao Bironque, completando-se o tapete até à margem esquerda do Rio Cacheu, em frente a Farim, no nosso tempo. Este trabalho trouxe-nos alguns dissabores como ataques sucessivos ao aquartelamento e às frentes de trabalhos, assim como operações e emboscadas muito para além do que competiria em caso de quadrícula normal.
Atendendo ao esforço a que a CART foi sujeita, foi-nos prometido algum tempo de recuperação, em zona de paz, antes do fim da comissão, promessa nunca cumprida.
Só no dia 8 de Fevereiro de 1972 foram para Bissau os primeiros dois Grupos de Combate da CART, no dia 23 os restantes dois e o Comando a 25. Efectivamente a CART permaneceu em Mansabá 22 dos 23 meses que durou a sua comissão. Um sacrifício exigido a uma Unidade esforçada e composta maioritariamente por valorosos militares oriundos da Madeira.
Em Bissau, a CART manteve alguma actividade operacional até à data do regresso.
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