No dia 6 de Outubro de 1970, logo pela manhã, morreu o nosso Alf Mil Art.ª José Armando Santos do Couto.
Na missão de reconhecimento do local de onde, no dia anterior, o quartel e povoação de Mansabá tinham sido atacados, os 3.º e 4.º Grupos de Combate da CART 2732, comandados respectivamente pelos Alf Mil Bento e Couto, detectaram algumas minas deixadas pelo IN.
Como o Alf Couto tinha a Especialidade de Minas e Armadilhas, no cumprimento do seu dever, tentou neutralizar uma delas. Algo correu mal, porque ainda chamou pelo seu camarada Bento, no sentido de, por ventura, lhe dar qualquer ajuda. Este nem tempo teve de chegar perto, porque se deu a explosão e a consequente morte do nosso camarada Couto.
Do Alf Couto, os militares do 4.º Pelotão melhor que ninguém poderão falar, mas do eu conheci dele, porque frequentámos juntos o XXXIII Curso de Minas e Armadilhas na Escola Prática de Engenharia de Tancos, era um homem sem jeito para a vida militar, preferindo o convívio dos militares de patente mais baixa, entre os quais se sentiria mais à vontade. Era frequentador assíduo do Bar dos Praças do Casal do Pote, único lugar onde se podia jogar matraquilhos.
Na Guiné era frequente vê-lo junto dos seus militares nos diversos postos de vigilância do aquartelamento.
Paz à sua alma. Honremos a sua memória.
11ABR70 - 3.º Pelotão da CART 2732, comandado pelo Fur Mil Nunes, desfila durante a cerimónia de homenagem à memória do Alf Mil Couto, vítima mortal do rebentamento de uma mina AP em 06OUT70, no Alto de Bissorã.
11OUT70 - Cerimónia militar e religiosa de homenagem à memória do malogrado Alf Mil José Armando Santos do Couto, que contou com a presença da autoridade civil, Homens Grandes da Tabanca e população em geral.
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